segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aniversário na família felina

Completam 10 anos neste 31 de outubro — em que se celebra, na cultura anglo-norte-americana, o 'Dia das Bruxas' os irmãos Salem, Magali e Pamela.

A festa de aniversário temática foi um sucesso!

De Penélope e Júnior, saudades...










segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Xapuri: De ponto alto da cozinha mineira a reles 'fast food' domingueiro


No TripAdvisor:

Outrora um legítmo representante da alta cozinha mineira, o Xapuri, nos últimos anos, expandiu-se de tal forma que pôs a perder toda a aura de encanto e sofisticação que no passado costumava oferecer aos clientes.

Hoje não passa de um estabelecimento cujo atendimento é do tipo padronizado, em massa, contando talvez com algumas centenas de lugares, e cozinha que mais lembra a de um fast food que a de um bistrot.

Isso se reflete, naturalmente, na qualidade dos pratos e da experiência, de modo geral, que se tem ao freqüentar a casa, convertida em não mais que um restaurante vulgar, a que casais não muito exigentes comparecem para almoçar aos domingos, arrastando consigo seus ruidosos rebentos.

E os preços? Ah, os preços - consideravelmente mais elevados que os de estabelecimentos congêneres - não mudaram nadinha!


[texto revisto]






domingo, 16 de outubro de 2011

De um Poder Judiciário capturado pelo poder político


Como se sabe, as manifestações da corrupção instutucionalizada no Poder Judiciário não se resumem à pura e simples venda de decisões praticada por um sem-número de bandidos togados, nem ao sistemático tráfico de influência patrocinado por uma camarilha de advogados com especial 'trânsito' junto a certos julgadores, muito menos à situação de conflito de interesse vivida por incontáveis magistrados diante desses mesmos causídicos e de empresas que lhes custeiam eventualmente viagens e outras benesses.

O processo de corrupção dos membros dos tribunais se estabelece já no processo que antecede sua nomeação para o cargo, quando se sujeitam, quase que invariavelmente, a longa peregrinação pelos gabinetes de políticos e autoridades, a fim de emitir os votos de vassalagem aos detentores do poder, com o que esperam ver prevalecer seu nome entre os indicados ao posto.

Vi isso de muito perto durante o período em que ocupei cargo de alto escalão embora de natureza técnica, não política na estrutura da Presidência da República. Não raro recebia 'candidatos' a alguma vaga em algum tribunal, com indefectíveis pedidos de manifestação de apoio a seu nome perante aqueles que informam, técnica e politicamente, a decisão de nomear do chefe do Executivo.  

De tal modo essa prática vem se disseminando e percorrendo variados caminhos dentro das estruturas de poder assim minando, por conseguinte, todo e qualquer resquício de lisura e credibilidade que possam ainda ter nossos tribunais que já se pode identificar, não sem razão nem com exagero, categorais tais como por exemplo a dos chamados “juízes do Sarney”, aberração a que se refere o articulista Augusto Nunes no excelente escrito cujos excertos reproduzo a seguir,  juntamente com atalho para a publicação original.

Fica evidente, assim, que qualquer conjunto de medidas com que se pretenda aperfeiçoar as instituições e proscrever essa forma de corrupção do Poder Judiciário, que é a captura pelo poder político isto, naturalmente, para quem insiste em acreditar que isso é possivel , passa necessariamente pela radical revisão do processo pelo qual são escolhidos os membros dos tribunais brasileiros.



 

“A afrontosa operação de socorro atesta que os tentáculos estendidos ao Judiciário pelo chefe da Famiglia já alcançaram o Superior Tribunal de Justiça”, constatou um trecho do texto aqui publicado em 29 de setembro. O post comentava a decisão consumada dias antes por três ministros do STJ: sem argumentações plausíveis, a trinca decidiu enterrar ─ vivas ─ as incontáveis provas colhidas pela Polícia Federal durante a Operação Boi Barrica, concebida para devassar bandalheiras colecionadas por parentes e agregados do presidente do Senado.

Em 4 de outubro, menos de uma semana depois da constatação feita pela coluna, a desembargadora Assusete Dumont Reis Magalhães, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, tratou de escancarar a crescente desenvoltura dos chamados “juízes do Sarney”: eles agora se dispensam de camuflar as relações promíscuas que os subordinam ao mandarim do Poder Legislativo. Incluída na lista tríplice de candidatos à vaga aberta no STJ, Assusete solicitou uma audiência a Sarney para pedir-lhe que a apoiasse na luta pelo empregão. Saiu do encontro com o sorriso de quem conseguiu a bênção do patriarca.

Imediatamente, o padrinho entregou a chefia da campanha a Edison Lobão. Segundo amigos da dupla, o ministro de Minas e Energia reservará um bom pedaço da agenda para “ajudar a doutora Assusete com alguns telefonemas”.  [...]

Até recentemente, só poderia sonhar com o STJ quem tivesse reputação ilibada. Se a exigência continuasse em vigor, Assusete teria caído fora da disputa no mesmo instante em que se ajoelhou diante de Madre Superiora. Como foi atirada ao lixo pelos embusteiros que controlam um país em acelerada decomposição moral, a abjeção pode até garantir a vitória da doutora. E, por consequência,  perpetuar os podres poderes exercidos sobre o Judiciário por um senhor feudal cuja impunidade é um tapa na cara dos brasileiros decentes.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

De ministros e salsichas



Mais um Toffoli na cena do Poder Judiciário?

É aquela história: Melhor não perguntar como são feitas, afinal, as salsichas, as leis e, em nossos tribunais, os julgadores...


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Filho não é pra quem quer, mas pra quem pode; se é que há quem realmente possa...


Nos idos de 2008, a artista de múltiplos talentos Mônica Montone publicou no jornal O Globo — na esteira do sucesso de Sem Filhos: 40 razões para você não ter, polêmico best-seller de autoria da francesa Corinne Maier — o controverso artigo Filho é para quem pode, que reproduzo a seguir, como já fizera no velho Blog do Braga da Rocha.

Em seu texto, disponível também no sítio eletrônico da autora
, a jovem, bela e inteligente Mônica Montone aduz, com singular perspicácia, relevantes elementos ao raciocínio subjacente à minha costumeira perplexidade ante as comemorações alusivas ao dito 'dia das crianças':

Filho é para quem pode

Filho é para quem pode!

Eu, não posso! Apesar de ser biologicamente saudável.

Não posso porque desconheço o poço sem fundo das minhas vontades, porque às vezes sou meio dona da verdade e porque não acredito que um filho há de me resgatar daquilo que não entendo ou aceito em mim.

Acredito que a convivência é um exercício que nos eleva e nos torna melhores, mas, esperar que um filho reflita a imagem que sonhamos ter é no mínimo crueldade.

Não há garantias de amor eterno e o olhar de um filho não é um vestido de seda azul ou um terno com corte ideal. Gerar um fruto com o único intuito de ser perfumada por ele no futuro é praticamente assinar uma sentença de sal.

Filhos não são pílulas contra a monotonia, pílulas da salvação de uma vida vazia e sem sentido, pílula "trago seu marido de volta em 9 meses".

Penso que antes de cogitar a hipótese de engravidar, toda mulher deveria se perguntar: eu sou capaz de aceitar que apesar de dar a luz a um ser ele não será um pedaço de mim e portanto não deverá ser igual a mim? Eu sou capaz de me fazer feliz sem que alguém esteja ao meu lado? Eu sou capaz de abrir mão de determinadas coisas em minha vida sem depois cobrar? Eu sou capaz de dizer "não"? Eu quero, mesmo, ter um filho, ou simplesmente aprendi que é para isso que nascemos: para constituir uma família?

Muitas das pessoas que conheço estão neurotizadas por conta de suas relações com as mães. Em geral, são mães carentes que exigem afeto e demonstração de amor integral para se sentirem bem e, quando não recebem, martirizam os filhos com chantagens, críticas e cobranças.

As mães podem ser um céu de brigadeiro ou um inferno de sal. Elas podem adoçar a vida dos filhos ou transformar essas vidas numa batalha diária cheia de lágrimas, culpas e opressões.

Eu, por exemplo, não consigo ser um céu de brigadeiro nem para mim mesma, quiçá para uma pessoinha que vai me tirar o juízo madrugadas adentro e, honestamente, acho injusto coloc
ar uma criança no mundo já com essa missão no lombo: fazer a mamãe crescer.

Dar a luz a um bebê é fácil, difícil é ser mãe da própria vida e iluminar as próprias escuridões.

Filhos, com efeito, não são para aqueles que simplesmente querem, senão apenas para os que realmente podem — nos mais variados sentidos, saliente-se. Se é que há quem, efetivamente, possa.

Aliás, quem mesmo é que de fato quer?

Possivelmente, em especial, aqueles que não figuram, sequer minimamente, a real dimensão da ingente tarefa da paternidade, com suas elevadas exigências emocionais, intelectuais e materiais, e que muito menos têm — para seu conforto, no estado de alienação da realidade em que ordinariamente se vive — a consciência das misérias da existência.



 Mônica Montone, por Patrícia Landim ©



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Da sabedoria do 'Mago do Cosme Velho'


Em contraponto às comemorações seculares
deste 12 de outubro — das efemérides religiosas, como se sabe, passo inteiramente ao largo —, ocorre-me hoje, como acontece todos os anos, a célebre e sábia frase com que Brás Cubas encerra positivamente o balanço de sua vida: 

"Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."

Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas

 





segunda-feira, 3 de outubro de 2011

La Bohème, de Puccini, na Capital mineira


La Bohème, ópera de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, estréia no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, no dia 20 deste mês de outubro.

Informações detalhadas encontram-se no sítio eletrônico da Fundação Clóvis Salgado.