terça-feira, 31 de julho de 2012

Degustação com Braga da Rocha - edição de inverno, 2012


Realizou-se nesta terça-feira a edição do mês de julho de 2012 da informal degustação entre amigos que costumo promover no sempre recomendável Reduto da Cerveja.

Na pauta central, algumas pilsner da República Tcheca: Praga, Urquell e 1795, degustadas nesta ordem.

Demasiadamente leve e aromática, a Praga não correspondeu às expectativas que se costumam cultivar em relação às cervejas de sua procedência. A Urquell, por sua vez, padrão da estirpe, de que sempre tive a melhor das impressões, decepcionou em perspectiva comparativa direta com a 1795, que nessa degustação revelou mais personalidade, com presença de lúpulo muito mais marcante.

Para completar o percurso, duas ale da casa Fuller's, de Londres, nesta ordem: London Pride e Indian Pale Ale.

Premium ale clássica, a London Pride não deixa a desejar para quem procura uma boa cerveja inglesa. Tem textura e sabor suaves, ao caramelo, sem deixar de revelar agradáveis notas frutadas. Mas já me impressionou mais positivamente, noutras ocasiões. De sua aparentada IPA pode-se dizer tendente ao padrão das cervejas fortes e marcantes, que mais me agradam: embora tenha textura não muito densa, é aromática e apresenta um amargor que evoca tanino, acentuado porém equilibrado.

After hours, resolvi dar-me o derradeiro prazer de uma weizen alemã. Escolhi um espécime algo atípico: a Schneider Weisse Tap 5 - Meine Hopfenweisse, feita pela tradicional casa tedesca em parceria com a cervejaria norte-americana Brooklyn.

Trata-se de uma cerveja de trigo estupenda, mesmo para quem não é especialmente apreciador do gênero das weizenbier ou mesmo das weissbier. Com um corpo substancioso, revela alto teor de lúpulo e boa mescla de ingredientes aromáticos, além de notas de fruta que tendem ao cítrico. Apresenta aroma e sabor que lhe conferem personalidade única, em uma combinação intensa e singular de notas amargas e doces. Mais que simplesmente forte, a Schneider Tap 5 é, como dizem alguns, uma cerveja 'extrema'.

Eis o registro, amigos, ad perpetuam rei memoriam.

Até o próximo encontro!





2 comentários:

  1. Dr. B.Rocha, só existe uma cerveja boa: a Guinness.

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    1. Guiness é, de fato, meu caro Brunello, 'hors concours' entre quaisquer tipos ou marcas de cervejas.

      Mas como nem só de Guiness se vive, afinal, a experimentação nos oferece a oportunidade de beber também um néctar extraordinário como, por exemplo, a comentada Schneider Tap 5. Se não é melhor que a Guiness, a Schneider também não se pode dizer pior. É enriquecedoramente diferente, destinada igualmente a paladares refinados, como aqueles que sabem apreciar a velha 'stout' de Dublin.

      Apareça em um dos próximos encontros!

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