segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

'O Morcego', de Augusto dos Anjos


O Morcego
Augusto dos Anjos


Meia-noite. Ao meu meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

“Vou mandar levantar outra parede ...”
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circundante sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh´alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!







terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"É aqui que eu amo"? Ah, que saudade das Casas Pernambucanas!


Sou do tempo em que "as Casas Pernambucanas é que vão aquecer o meu lar" — dito assim mesmo, coloquialmente —, segundo um reclamo embalado por simples e inesquecível melodia.

Ultimamente, porém, vejo-me sujeito a ouvir pela televisão rumorosos brados que exorbitam o aceitável, mesmo para a mera linguagem coloquial: "a Casas Bahia vende pelo menor preço", ou coisa que o valha. A despeito da possbilidade de se vislumbrar, no caso, uma ficta concordância via presuntiva silepse, formulações como essa me ferem dolorosamente a sensibilidade, visto que soam, sob todos os aspectos, muito pouco canônicas e ainda menos eufônicas.

Há não muito, um representante da poderosa indústria norte-americana do petróleo no Brasil costumava, além de praticar suas costumeiras investidas contra o meio ambiente, agredir também o idioma pátrio local. Anunciava-se por aqui, em variados media, que o produto Texaco Havoline seria "o óleo que você confia", em aparente demonstração de completa ignorância das mais elementares regras de regência verbal da língua portuguesa.

Na mesma linha de desvio da norma culta, diz uma empresa coreana que One Touch é "a linha de impressoras e multifuncionais Samsung que você nunca sonhou". Uma vez mais, às favas a regência verbal. Para meu desgosto, vim a descobrir-me dono de um aparelho dessa marca, mais precisamente dessa linha de produtos. Boa máquina, de fato. Mas provavelmente teria resistido ao impulso de compra, conhecesse de antemão o famigerado slogan.

Nos dias que correm, por seu turno, é a administração municipal da terceira maior cidade do País, Belo Horizonte, que — em meio aos trágicos efeitos do caos instaurado pelas precipitações de verão, com o que a capital mineira se inscreve, em definitivo, entre as tantas metrópoles brasileiras vergonhosamente despreparadas para esses previsíveis fenômenos meteorológicos — segue a veicular na televisão irritante campanha publicitária, igualmente atentatória contra o vernáculo. Ao custo de milhões para o contribuinte, entoa-se insistentemente um refrão que principia com "é aqui que eu amo", em acordes neo-caipiras de duvidosíssimo gosto, embora com seguro desacerto gramatical. Acaso desconhece a municipalidade, ao reproduzir a abstrusa linguagem dos autores da paupérrima canção, que um advérbio de lugar não poderia jamais, sob pena de truncar a estrutura frasal, figurar como impróprio objeto direto?

Descuido, despreparo, desleixo, ignorância ou proposital mimetismo do falar do vulgo, pouco importa a razão. Empresas, administradores públicos, músicos e publicitários, mediocrizados ou acumpliciados entre si, são todos igualmente responsáveis por esses sistemáticos e criminosos atentados ao patrimônio cultural representado pelo idioma.








segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A hipertrofia da educação superior entre expertos e espertos


Gustavo Ioschpe escreve esta semana na revista Veja artigo intitulado Por que cortar vagas em instituições de ensino é crime de lesa-pátria, cujo atalho se encontra infra, por meio do qual condena a supressão de vagas em cursos avaliados pelo Ministério da Educação como de baixa qualidade — a quase totalidade deles, registre-se, oferecidos por instituições privadas de duvidosa idoneidade.

A propósito dessa extravagante tese, digna de causar espécie — embora repetida como cantilena, há tempos, pelos segmentos interessados na artificial e incontida hipertrofia do sistema de educação superior no Brasil —, reproduzo aqui, em linhas gerais e sumárias, o que venho há tempos a sustentar em debates travados no ambiente acadêmico e no âmbito do próprio Ministério da Educação, onde, em momentos distintos, ocupei o cargo de coordenador-geral de assuntos jurídicos da Secretaria de Educação Superior e tive assento na comissão de especialistas em ensino jurídico encarregada de estabelecer as bases do processo de supervisão dos cursos de Direito.

Se é indiscutível que o Brasil necessita, com extraordinária urgência, de um número continuamente crescente de profissionais de qualidade para atender às ingentes demandas do desenvolvimento econômico e do incremento demográfico, é igualmente certo que a exponencial expansão de vagas havida no ensino superior desde meados da década de 1990 — instaurada e patrocinada de forma despropositada e irresponsável, senão descontrolada e corrupta, pelas autoridades governamentais então no comando da área da educação — não atende a esse imperativo, nem de longe, em sua dimensão qualitativa.

O que hoje se produz na educação superior brasileira é, ano a ano, uma miríade de graduados malformados e ineptos — despreparados que são, sistematicamente, por todo um quadriênio ou um lustro inteiro nas espeluncas que pululam em cada esquina deste País —, quando o de que se carece, fundamentalmente, é de uma profusão de médicos, advogados, engenheiros, professores, jornalistas, publicitários, informatas e outros profissionais das mais diversas áreas que, dotados de sólida formação geral, técnica e humanística, se revelem capazes de corresponder à altura aos desafiantes reclamos de uma sociedade que ainda está por se inscrever, em plenitude, entre as nações em estado de desenvolvimento e civilização compatíveis com a quadra histórica do século XXI.

A irresignação de Ioschpe contra a política governamental de regulação e controle da atividade de exploração econômica do setor do ensino superior, sobre a qual incide acentuado interesse público, só o confirma como insígne arauto de um sem-número de espúrios interesses empresariais que concorrem na área da educação, ensejando a impressão, portanto, de que o articulista move sua pena antes como esperto, ou espertalhão, que na pretendida condição de experto.

Afinal, insista-se, o libelo de Ioschpe só faz veicular e repercutir a voz dos segmentos políticos e econômicos que há quase duas décadas forram as urnas e as burras — e assim pretendem seguir a se locupletar, desmesurada e infinitamente, a dano dos superiores interesses da sociedade — com o engodo consistente em oferecer grau superior meramente pro forma a milhões de brasileiros indolentes ou incautos.

De que lesa-pátria o jovem e bem-nascido Gustavo Ioschpe estaria mesmo a dizer?






segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A vasta tipologia dos 'bandidos togados'



Para princípio de conversa com as incorrigíveis pollyanas, admitamos que não haja corrupção generalizada e instucionalizada no Poder Judiciário brasileiro, contrariando o que tenho à exaustão repetido ao longo dos últimos anos.


Presumamos que as decisões dos tribunais sejam estritamente baseadas na boa técnica jurídica e orientadas pela missão de realizar a justiça, em vez de hauridas por meio dos lobbies exercidos pelos mais diversos agentes do poder econômico, ao qual o Judiciário se encontra, segundo tenho asseverado, inexoravelmente vergado.


Imaginemos que a renhida resistência dos próceres do Judiciário — entre eles o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Cezar Peluso — aos controles exercidos pela sociedade derivem apenas da arraigada crença no prevalecimento de valores, princípios e regras legais e constitucionais, que lhes assegurariam uma quase imunidade ao controle previsto na própria Constitução da República, e não do fundado temor de que o permanente e cabal exercício do controle exporia as vísceras putrefatas do sistema que comandam, que inclui desde uma miríade de vantagens irregulares concedidas a mancheias aos magistrados até o pura e simples comércio de decisões, como sói acontecer nos tribunais País afora.


Reconheçamos, sem maior esforço, que a rotina de um juiz, nomeadamente nos patamares iniciais da carreira, é duríssima, de ordinário em lida com um fatigante volume de trabalho, e costuma exigir um sem-número de sacrifícios pessoais, que vão desde constantes mudanças de domicílio a severas restrições na vida social.


Ainda que adotados todos esses pressupostos, nada disso explica, justifica ou faz toleráveis, porém — como devem perceber e reconhecer mesmo as mais empedernidas pollyanas —, recentes e escandalosos episódios protagonizados por integrantes dos mais altos escalões do Judiciário, tais como:


  • a indecorosa viagem de José Antonio Toffoli a uma ilha paradisíaca na região do Mediterrâneo, a expensas de conhecido advogado que atua perante o STF;  
  • a obcena proposta do recém-empossado presidente do TJSP, Ivan Sartori, de ampliação para sessenta dias das férias funcionais dos magistrados, ao argumento de que a medida serviria a preservar a "sanidade mental do juiz", como se igualmente desgastante e exigente não fosse a atividade laboral de incontáveis categorias profissionais outras, dentro do serviço público e fora dele;
  • a artificial e falaciosa construção de Marco Aurélio Mello, avessa ao sentido e ao espírito da Constituição, e ainda sem qualquer premência que a justificasse como medida de urgência, para aniquilar ou enfraquecer os indispensáveis poderes correicionais do Conselho Nacional de Justiça - CNJ; 
  • a suspeitíssima concessão, por Ricardo Lewandowski, na calada da noite e em situação de flagrante conflito de interesses, de liminar para obstar investigação do CNJ a respeito de atos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que beneficiavam, entre outros, a ele próprio, o então desembargador Lewandowski.


Daí porque assiste razão àqueles que fazem reverberar copiosamente a célebre expressão cunhada por Eliana Calmon, corregedora do CNJ, que envolve a peremptória afirmação da existência de 'bandidos de toga'.


Bandidos togados não se devem considerar apenas aqueles que, flagrados com as mãos metidas no butim da corrupção, são, quando muito, mandados para casa a fim de desfrutar de uma precoce aposentadoria, não raro com vencimentos integrais, como se isso pudesse constituir verdadeira punição para esse tipo de gravíssimo desvio funcional cometido por um agente público.


Tenham-se também por igualmente bandidos, cara Pollyana, aqueles que buscam manter ou ampliar regalias e privilégios injustificáveis em favor de si mesmos, a ponto de representar autêntico escárnio ante à coletividade; aqueles que desejam se subtrair ao controle da sociedade, por via de expedientes tão marotos e falazes quando indecentes e juridicamente insustentáveis; e, por fim, naturalmente, aqueles que auferem ou permitem que se aufiram ganhos e vantagens indevidos ou questionáveis, no mais das vezes de forma indireta ou escamoteada, do Estado e de particulares sujeitos aos efeitos de suas decisões, bem ainda aqueles outros que se esforçam para acobertar ou dar guarida a tais reprováveis comportamentos.


Todos esses tipos compõem, em igual medida, a casta de 'bandidos togados' que, em uma sociedade constiuída ao modo da civitas maxima, já há muito se encontrariam extirpados do seio do Estado e, como meliantes de qualquer categoria, devidamente banidos do convívio social.






domingo, 15 de janeiro de 2012

Mobilização lusitana contra o famigerado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


Nossos irmãos lusitanos se organizam contra o famigerado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, por meio de uma petição pública conjugada com um manifesto, que se dirigem ao governo de Portugal, e de um blog respectivo, a partir de hoje acompanhado pelo Blog do Braga da Rocha.

Num e noutro ambiente pode ser encontrado um vasto conjunto de sólidos argumentos e robustas contra-razões à medida.

Atalhos infra.










quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Universidade e polícia: estranhos reciprocamente irreconhecíveis






A não rara inépcia da Polícia Militar acaba de produzir, uma vez mais, um perturbador incidente — com os conhecidos ingredientes de despreparo, intolerância e abuso de autoridade, a que se agregam, desta feita, conotações racistas — no campus da Universidade de São Paulo - USP.

Mesmo a despeito dos seguidos episódios de conflito que vem ensejando, a atuação policial ordinária na USP é defendida e reafirmada por eminentes vozes do pensamento obscurantista, inclusive os prosélitos de anosas doutrinas da segurança pública sustentada no trabuco, e das variadas vertentes da cultura anti-acadêmica, muitas das quais, aliás, oriundas da própria administração universitária — hoje capitaneada por um autocrático reitor que, ao tempo em que exercia a direção da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, 'vendeu' arbitrariamente um par salas do histórico prédio das arcadas a advogados tão ricos quanto medíocres e inescrupulosos.

A presença de forças policiais intra mura de uma universidade pública — ademais de significar uma surreal convivência entre entes absolutamente estranhos um ao outro, incapazes de se reconhecer reciprocamente — constitui, no plano político-institucional, um elemento adicional de afonta ao sentido autonômico que acompanha o próprio conceito de universidade frente ao Estado, desde os seus primórdios, e remete, como cediço, a algumas das mais tristes páginas da história deste País.

Do ponto de vista jurídico-administrativo, por seu turno, a funesta iniciativa de contrabandear para o seio da comunidade universitária tacanhos e truculentos meganhas pode ser contestada em não mais que uma página de consistentes argumentos — tão consistentes que me dispenso de os aditar —  como faz, com absoluta propriedade, artigo subscrito por Tulio Vianna, cujo atalho se encontra supra, publicado na revista eletrônica Fórum, de que se reproduz o seguinte excerto-síntese:

"As universidades públicas, ao contrário das ruas e praças, não são espaços de uso comum do povo e têm seus estatutos e regimentos específicos. A PM, por não estar sujeita às normas universitárias, não é o órgão competente para fazer a segurança interna dos campi."


 



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Entrevista de Marco Aurélio Mello no programa Roda Viva, da TV Cultura


No atalho infra, entrevista concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 9 jan.

Quem se dispusar a assistir à longa coletiva poderá conferir, para além de algumas interessantes observações sobre a realidade judiciária brasileira, os argumentos flagrantemente falaciosos e as incontáveis evasivas engendradas pelo polêmico Marco Aurélio, nomeadamente no que concerne à sua recente e controversa —  ademais de, a meu modesto juízo, tecnicamente errônea e politicamente injustificável — decisão a respeito dos poderes investigativos do Conselho Nacional de Justiça.






sábado, 7 de janeiro de 2012

Adeus, Pamela


Hoje perdemos a pequenininha e frágil Pam, aos 11 anos e 2 meses, vítima de pneumonia contraída após cirurgia para extração de tumor de mama, realizada no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais.



Ela fará muita falta. A família já não é mais a mesma...



Pamela
 31 out. 2000 ~ 7 jan. 2012




quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Omens sem H, por Nuno Pacheco


A propósito das discussões de que tenho participado a respeito da aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portugues, compartilho, por indicação do colega Roberto Auad, transcrição integral de artigo do jornalista Nuno Pacheco, publicado à p. 3, cad. P2, do jornal Público, de Lisboa, edição de 6 jun. 2011:


Omens sem H 
Espantam-se? Não se espantem. Lá chegaremos. No Brasil, pelo menos, já se escreve “umidade”. Para facilitar? Não parece. A Bahia, felizmente, mantém orgulhosa o seu H (sem o qual seria uma baía qualquer), Itamar Assumpção ainda não perdeu o P e até Adriana Calcanhotto duplicou o T do nome porque fica bonito e porque sim.
Isto de tirar e pôr letras não é bem como fazer lego, embora pareça. Há uma poética na grafia que pode estragar-se com demasiadas lavagens a seco. Por exemplo: no Brasil há dois diários que ostentam no título esta antiguidade: Jornal do Commercio. Com duplo M, como o genial Drummond. Datam ambos dos anos 1820 e não actualizaram o nome até hoje. Comércio vem do latim commercium e na primeira vaga simplificadora perdeu, como se sabe, um M. Nivelando por baixo, temendo talvez que o povo ignaro não conseguisse nunca escrever como a minoria culta, a língua portuguesa foi perdendo parte das suas raízes latinas. Outras línguas, obviamente atrasadas, viraram a cara à modernização. É por isso que, hoje em dia, idiomas tão medievais quanto o inglês ou o francês consagram pharmacy e pharmacie (do grego pharmakeia e do latim pharmacïa) em lugar de farmácia; ou commerce em vez de comércio. O português tem andado, assim, satisfeito, a “limpar” acentos e consoantes espúrias. Até à lavagem de 1990, a mais recente, que permite até ao mais analfabeto dos analfabetos escrever sem nenhum medo de errar. Até porque, felicidade suprema, pode errar que ninguém nota. “É positivo para as crianças”, diz o iluminado Bechara, uma das inteligências que empunha, feliz, o facho do Acordo Ortográfico.
É verdade, as crianças, como ninguém se lembrou delas? O que passarão as pobres crianças inglesas, francesas, holandesas, alemãs, italianas, espanholas, em países onde há tantas consoantes duplas, tremas e hífens? A escrever summer, bibliographíe, tappezzería, damnificar, tnitteleuropãischen? Já viram o que é ter de escrever Abschnittfürsonnenschirme nas praias em vez de “zona de chapéus de sol”? Por isso é que nesses países com línguas tão complicadas (já para não falar na China, no Japão ou nas Arábias, valha-nos-Deus) as crianças sofrem tanto para escrever nas línguas maternas. Portugal, lavador-mor de grafias antigas, dá agora primazia à fonética, pois, disse-o um dia outra das inteligências pró-Acordo, “a oralidade precede a escrita”. Se é assim, tirem o H a homem ou a humanidade que não faz falta nenhuma. E escrevam Oliúde quando falarem de cinema. A etimologia foi uma invenção de loucos, tornemo-nos compulsivamente fonéticos.
Mas há mais: sabem que acabou o café-da-manhã? Agora é café da manhã. Pois é, as palavras compostas por justaposição (com hífens) são outro estorvo. Por isso os “acordistas” advogam cor de rosa (sem hífens) em vez de cor-de-rosa. Mas não pensaram, ó míseros, que há rosas de várias cores? Vermelhas? Amarelas? Brancas? Até cu-de-judas deixou, para eles, de ser lugar remoto para ser o eu do próprio Judas, com caixa alta, assim mesmo. Só omens sem H podem ter inventado isto, é garantido.
Nuno Pacheco, Jornalista









terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Evocação da 'mensagem reinaugural'

Neste limiar do segundo ano de publicação do novo Blog do Braga da Rocha, tenho por oportuna a evocação do que chamei de 'mensagem reinaugural'.

Atalho infra.





segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Não se observam neste 'blog' as prescrições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1990


É sempre oportuno lembrar: Não se verá em textos meus, no Blog do Braga da Rocha ou alhures, aplicação do famigerado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1990, em vigor no Brasil desde princípios de 2009, até que reste eu como o último entrincheirado na defesa do velho regime ou até que a vis compulsiva — vale dizer, a força decorrente das circunstâncias irresistíveis — venha a compelir-me a adotá-lo.

Leiam-se a íntegra das razões e outros detalhes na secção Aviso importante, cujo atalho figura também no menu superior deste sítio.








domingo, 1 de janeiro de 2012

1 ano, 15 mil acessos


O
 Blog do Braga da Rocha completa neste primeiro dia de 2012 exatamente 1 ano de atividade efetiva e ininterrupta na plataforma Blogger.com, do sistema Google. 


Ao atingir este primeiro ano de funcionamento, o Blog do Braga da Rocha supera, segundo as estatísticas do Google, a marca de 15 mil acessos, dos quais mais de 2 mil somente no último mês de dezembro, reunindo leitores de todas as regiões do Brasil e de cinco continentes mundo afora, distribuídos por países tão diversos quanto Estados Unidos da América, Portugal, França, Holanda, Rússia, Argentina, Suécia, Japão, Alemanha, China e África do Sul. 


Uma vez mais, é com prazer que compartilho esses dados com aqueles que usualmente me lêem, pois, conquanto relativamente modestos, os números se podem considerar bastante expressivos à vista da proposta e do conteúdo deste Blog, que  editado basicamente em língua portuguesa  destina-se precipuamente a paladares não pouco apurados.


Agradeço a todos, penhorado, pela atenção que dispensam ao Blog do Braga da Rocha.