domingo, 2 de outubro de 2016

Derradeira manifestação da candidatura de Professor Braga da Rocha nas eleições de 2016








Amigos:

Encerrada a apuração das urnas nestas eleições de 2016 à Câmara Municipal de Belo Horizonte, o resultado afinal se apresentou, na perspectiva de nossa candidatura, não muito animador.

Apuraram-se em favor da candidatura algo em torno de parcos 0,01% do total de votos válidos, o que corresponde a uma discreta posição n. 37 na lista de candidatos do Partido Trabalhista Cristão - PTC, agremiação que, conquanto tenha lançado mais de 60 nomes ao pleito, acabou por alcançar efetivamente apenas uma cadeira na Câmara.

Sem embargo, para uma candidatura estreante cuja modesta campanha foi feita praticamente com ‘orçamento zero’ — isto é, sem contar com qualquer doação pecuniária, ressalvados valores correspondentes, por estimativa, a prestação de serviços graciosos por terceiros e ao fornecimento de material gráfico pelas vias partidárias —, unicamente baseada na adesão espontânea e desinteressada de amigos, familiares e colegas de ofício, tal resultado não é de todo surpreendente.

Do processo, porém, extraem-se importantes lições, entre quais me permito salientar talvez a mais óbvia e também a mais significativa: a frustrante certeza de que, a despeito das variadas medidas progressivamente adotadas pela Justiça Eleitoral para reduzir a interferência do poder econômico no processo de escolha da representação política, segue inviável a realização de uma campanha sem o dispêndio de significativos montantes, de modo a criar condições mínimas para o êxito da candidatura.

Assim é que, embora renovada em pouco mais de 50% a composição da Câmara, nela seguem impávidos, reconduzidos ou alçados à vereança pela primeira vez, variados representantes da ‘velha política’ —
conforme convencionou chamá-los o deputado Luís Tibé, candidato a prefeito pela coligação de que participou o PTC nas eleições majoritárias deste ano —, ou da velha forma de fazer política, baseada, quando muito, em idéias anacrônicas ou abstrusas, senão em anosas práticas escusas e dissociadas do interesse público.

Mas do processo resulta também a indizível satisfação pelas incontáveis interações pessoais havidas, que produziram singulares e profícuos intercâmbios de idéias — as quais foram apresentadas, em linhas gerais, na Carta Programática da candidatura — e de que podem resultar, no porvir, novas iniciativas de natureza política, partidária ou não, de nossa parte ou de quaisquer daqueles que comungam dos mesmos valores e de semelhante ideário.

A todos que participaram direta ou indiretamente do processo — não só por meio do efetivo sufrágio nas urnas, mas também do inequívoco apoio manifestado pelos mais diversos meios e formas —, registro aqui meus agradecimentos, na expectativa de que possamos seguir a contribuir para a construção de uma cidade melhor para se viver e de uma sociedade mais justa e democrática neste país.


Belo Horizonte, 2 de outubro de 2016