domingo, 24 de junho de 2018

Luto cívico por Waldir Pires


A notícia do passamento de Waldir Pires na manhã da última sexta-feira, 22 de junho, em Salvador, colheu-me de considerável surpresa e me fez quedar em estado de comoção e dor profundas, qual a do discípulo que perde um de seus grandes mestres, ou do comandado que vê fenecer seu líder.


Com efeito, eminente mestre e incontestável líder foi o que para mim representou o grande Waldir Pires, a quem tive a honra de coadjuvar ao longo do tempo em que servi à Controladoria-Geral da União, em Brasília, como consultor jurídico do então ministro de Estado.

Desnecessária qualquer nota além do muito que se tem dito, nestes dias, a respeito de sua vetusta figura pública — sem qualquer favor ou exagero, a de um genuíno estadista —, de resto das mais honoráveis que o Brasil conheceu.

Muitos seriam, por outro lado, os depoimentos que teria a consignar publicamente a respeito da singular figura humana do justo, sereno e afável Waldir, com quem tive o privilégio de conviver ao longo daqueles anos. 

Não o faço, porém, ao menos neste momento. Recolho-me em grave luto, pessoal e cívico, na convicção de que seu legado, do qual honrosamente partilho, há de ser dignificado por toda uma geração de colegas de ofício autenticamente 
dedicados, tal qual o inigualável mestre e líder, à superior causa pública.









Paráfrase de Villela


Neste 24 de junho, como de costume, lembro o natalício do mestre João Baptista Villela, com paráfrase de um memorável escrito seu:



Na carga de enigma e mistério da vida, espelha-se muito,
ou mesmo o mais, de nossa impotência diante do destino.






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