Em artigo publicado no último mês de agosto na revista Editora Del Rey — e reproduzido no blog De beca e toga, cujo atalho se encontra supra —, o Prof. Dr. João Baptista Villela analisa o papel do juiz visto da perspectiva de um cultor da ciência jurídica.
Sua conclusão é eloqüente e oportuna, sobretudo em tempos de magistrados — quando não desbragadamente venais e corruptos — mais preocupados em alimentar vaidades tamanhas, com o que se deslumbram por luzes de ribalta lançadas pelos mass media, do que em exercer com competência e dignidade seu sagrado ofício:
"O juiz que, sob a fé no primado da lei, se empenha em aplicá-la de modo consciente, crítico e reflexivo; que, ao fazê-lo, não perde a percepção global do ordenamento jurídico; que tenha olhos para a realidade política, econômica e social, ouvidos para os clamores da sociedade, alma sensível e mente aberta poderá não vir a ser um popstar. É pouco provável que desperte o interesse da mídia ou suscite a corrida inquieta dos microfones e dos holofotes. Talvez não tenha a gratidão de sua Pátria. Nem o reconhecimento dos contemporâneos. Desagradará a muitos e não estará livre da solidão. Mas terá sido um servo fiel do seu ofício. Não é pouco. "
Braga, grata pela reprodução do excelente texto do Professor Villela e pela menção ao blog. Valéria
ResponderExcluirEu é que lhe agradeço, Valéria, por dar divulgação a textos desse nível de qualidade. E é um prazer estabelecer conexão entre nossos 'blogs'. Espero que possamos intensificar essa prática.
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