sábado, 29 de outubro de 2022

Compromisso com o Estado de Direito e integridade de caráter


Nesta véspera de segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, reafirmo o que manifestei por ocasião da primeira rodada do sufrágio, no sentido de cerrar fileiras da frente ampla contra o autoritarismo e o obscurantismo, representada, circunstancialmente, pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reúne, em expressiva coligação, nada menos que 10 partidos políticos e incontáveis apoios nos mais esclarecidos 
segmentos — à esquerda, ao centro e à direita  dos meios político, econômico, cultural e acadêmico nacionais. 

Anoto ainda, por oportuno: Em especial de quem tem formação jurídica, nomeadamente aquela haurida em universidade pública, espera-se que adote, neste crucial momento da vida nacional, postura de mínimo compromisso com o Estado de Direito e com a própria alma mater, não apenas como ato de rejeição ao autoritarismo e ao obscurantismo, mas também, inevitavelmente, como inequívoca demonstração de integridade de caráter. 

Tenho dito. 






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sábado, 1 de outubro de 2022

Pela frente ampla contra o autoritarismo e o obscurantismo


Em pelo menos duas ocasiões passadas votei em Ciro Gomes, que ora concorre pelo Partido Democrático Trabalhista - PDT, para presidente da República. Parece-me ele ainda hoje, de forma inequívoca, o candidato tecnicamente mais bem preparado para o exercício do cargo e que apresenta o mais detalhado e consistente programa de governo — programa esse, aliás, quase que inteiramente alinhado com minha visão a respeito do papel do Estado e do bom governo no mundo contemporâneo. É com pesar, pois, que deixo de sufragar seu nome nas eleições deste ano de 2022.

As razões de tal decisão, conforme venho sinalizando nos últimos tempos a meus interlocutores, residem, basicamente, nos seguintes elementos que entre si por desventura se conjugam: o crítico momento político-institucional que atravessa o País, cujas instituições democráticas vêm sendo postas seguidamente à prova ao longo dos últimos anos, ao lado da incapacidade de Ciro Gomes de demonstrar compreensão bastante do momento histórico que vivemos e cerrar fileiras — como têm feito muitos, à esquerda e à direita no espectro ideológico — de uma frente ampla em defesa do Estado de Direito, submetido a crescentes desafios pela malta autoritária e obscurantista ora instalada no poder. 

E é, pois, em favor de tal frente ampla, circunstancialmente representada pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores - PT, que — na real expectativa de que a derrota das facções de extrema-direita se possa dar prontamente, em turno eleitoral único — consignarei meu voto neste 2 de outubro.

Fica, aos que me lêem, a exortação a acompanhar-me nesta sensata e realista escolha.