O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, principal pré-candidato da oposição às eleições presidenciais de 2014, concedeu na semana passada entrevista à revista Época.
Um fundamental equívoco estratégico cometido por Aécio não passou desapercebido ao colega Mozart Lisboa, insigne representante de minha geração na Casa de Afonso Pena e autor de escritos inspiradíssimos sobre os mais variados temas, nomeadamente direito e política.
Entre as curtas e impagáveis 'pérolas' usualmente publicadas pelo Mozart em rede social de que participo, encontra-se nesta semana a seguinte, que, com sua vênia, faço aqui reproduzir:
"Li a entrevista do Aécio Neves na Época.
Dentro do PSDB, é barbada. Mas se ele fizer o mesmo discurso nas eleições, perde por "knock out" no primeiro turno. O homem só fala de problemas ligados ao dinheiro.
Ora, se for só esse o tema, duvideodó que o grande empresariado esteja insatisfeito com o "capitalismo chinês" do governo e que o povão queira perder a mesada (o Bolsa-Família é a criança do PSDB, que foi sequestrada pelo PT e registrada em nome deste último em cartório).
Não vejo o menor sinal do alegado "cansaço do modelo". Se a prosa for só essa, Governador, o Sr. terá que torcer para a crise dasabar sobre nós, estratégia macumbística de moralidade canalhesca e eficácia duvidosa.
(do capítulo Corrupção e Democídio Não Se Discutem Em Eleição, da obra Verdades e Outras Lorotas Sobre Porríssima Nenhuma, página por escrever)"
A entrevista com Aécio Neves pode ser lida, conforme publicada no sítio de Época, por meio do atalho infra.