Em pelo menos duas ocasiões passadas votei em Ciro Gomes, que ora concorre pelo Partido Democrático Trabalhista - PDT, para presidente da República. Parece-me ele ainda hoje, de forma inequívoca, o candidato tecnicamente mais bem preparado para o exercício do cargo e que apresenta o mais detalhado e consistente programa de governo — programa esse, aliás, quase que inteiramente alinhado com minha visão a respeito do papel do Estado e do bom governo no mundo contemporâneo. É com pesar, pois, que deixo de sufragar seu nome nas eleições deste ano de 2022.
As razões de tal decisão, conforme venho sinalizando nos últimos tempos a meus interlocutores, residem, basicamente, nos seguintes elementos que entre si por desventura se conjugam: o crítico momento político-institucional que atravessa o País, cujas instituições democráticas vêm sendo postas seguidamente à prova ao longo dos últimos anos, ao lado da incapacidade de Ciro Gomes de demonstrar compreensão bastante do momento histórico que vivemos e cerrar fileiras — como têm feito muitos, à esquerda e à direita no espectro ideológico — de uma frente ampla em defesa do Estado de Direito, submetido a crescentes desafios pela malta autoritária e obscurantista ora instalada no poder.
E é, pois, em favor de tal frente ampla, circunstancialmente representada pela candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores - PT, que — na real expectativa de que a derrota das facções de extrema-direita se possa dar prontamente, em turno eleitoral único — consignarei meu voto neste 2 de outubro.
Fica, aos que me lêem, a exortação a acompanhar-me nesta sensata e realista escolha.
Perfeito, essa também é a minha visão, concordo e compartilho plenamente seu ponto de vista.
ResponderExcluirAs pessoas sensatas sempre dão espaço ao pragmatismo. Congratulo-te Braga da Rocha pelo posicionamento em favor da liberdade e da sanidade.
ResponderExcluirEu havia me prometido só ir votar se Flávio Dino saísse candidato a Presidente. Estava firme em meu propósito.
Todavia, já não se trata de uma eleição mas de um plebiscito entre a Democracia com seus defeitos ou o Obscurantismo com seus nefastos efeitos.
Grande Braga! Eu já acompanhei o relator! Voto consciente é isso.. abraço
ResponderExcluirAcompanhei o relator, com muito orgulho! abraço
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